Neste
post (um pouco longo, é verdade), vamos ver os quatro passos necessários para
elaborar o projeto de texto dissertativo.
É importante lembrar que o método explicado aqui não é o único existente, mas é
uma possibilidade que funciona bem e não é tão difícil de entender. Se você
preferir, pode modificar o método e deixá-lo mais adequado ao seu estilo de
escrita. Mas não deixe de fazer um projeto de texto, porque ele aumenta muito a
qualidade final da redação.
Uma
sugestão: se não tiver tempo ou ânimo neste momento, não precisa ler o post
inteiro. Leia um passo de cada vez, de preferência tentando fazer um projeto de
texto ao mesmo tempo. Dessa forma, você saberá muito mais claramente se
entendeu o processo.
Projeto
de texto não é o mesmo que rascunho: enquanto o
rascunho tem um formato igual ao da redação final (ou seja, pode ser
entregue a um corretor), o projeto só precisa ser compreendido pelo próprio
autor. Pode ser escrito em tópicos, com abreviações e outros elementos que
serão eliminados da versão final. E, o mais importante, sua ordem costuma ser
inversa em relação ao texto definitivo.
Passo 1: Elaborar a tese
Se
a tese é o que definirá todo o texto (pois os argumentos serão elaborados para
prová-la), ela deve ser o primeiro elemento a ser definido. Digamos que sua
tarefa seja a seguinte:
Com base
na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão
da língua portuguesa sobre o tema VIVER EM REDE NO SÉCULO XXI: OS LIMITES
ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO, apresentando proposta de conscientização
social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de
forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
É
importante ler com atenção a proposta toda, não apenas o trecho em negrito. No
caso do tema do ENEM, por exemplo, é necessário não apenas opinar sobre a vida
em rede no século XXI, mas também apresentar “proposta de conscientização
social que respeite os direitos humanos”. A tese que vamos elaborar será propositiva, portanto (em outro post,
vou falar com mais calma sobre os vários tipos de tese). Vamos também tentar
usar as palavras-chave do tema na tese (rede,
século XXI, público e privado),
porque isso aumenta a probabilidade de que a redação esteja adequada ao tema.
Logo
após a leitura da coletânea, que pode ser encontrada no link a seguir (http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2011/05_AMARELO_GAB.pdf),
vamos definir uma opinião sobre esse assunto e escrevê-la em um espaço à parte
da folha de redação. É importante notar que uma tese não é obrigatoriamente uma
opinião “a favor de algo” ou “contra algo”; por exemplo, se o tema é “pena de
morte no Brasil”, parece óbvio para a maioria das pessoas que a tese será a
pena de morte deve ser adotada ou a pena de morte não deve existir.
Porém, alguém poderia defender a tese de que adotar ou não a pena de morte
não fará diferença. Essa tese pode funcionar tanto quanto as outras, desde
que o autor ofereça argumentos para defendê-la durante o texto.
Vamos
começar a elaborar a tese com uma ideia simples, pertencente ao senso comum e
claramente exposta na coletânea:
As redes
sociais são parte integrante da vida no século XXI
Se
ficarmos com essa tese, agora a tarefa será provar que ela é verdadeira. Não é tão
difícil, porque a própria coletânea oferece argumentos que justificam essa
opinião (como o fato de 72% das pessoas pretenderem criar um perfil na rede, ou
a afirmação de que não fazer parte de uma rede social hoje é como não ter
telefone). Mas vamos tornar a tese um pouco mais complexa e, ao mesmo tempo,
acrescentar a ela uma proposta de conscientização social. O modelo é o seguinte:
Como as redes sociais são parte integrante
da vida no século XXI, é necessário...
Agora
vamos pensar no que deve ser feito (se for para o ENEM, respeitando os direitos
humanos, o que quer que isso signifique; minha sugestão é simplesmente evitar
propostas muito polêmicas). A coletânea fala que a ONU reconheceu o direito de
acesso à rede como algo fundamental para o ser humano. Pode ser uma proposta
(os governos deveriam garantir o acesso das populações à rede). Outra pode ser
encontrada no final do segundo excerto da coletânea: as pessoas devem tomar
cuidado com o que publicam na internet, para não prejudicar suas reputações. Nada
impede que as duas estejam presentes na tese, mas vamos escolher uma só, para
deixar o exemplo mais simples e fácil de seguir.
Ao
se elaborar uma proposta de intervenção, faz sentido pensar no seguinte: se a
proposta for seguida, qual será a vantagem? Se não for seguida, qual será o
prejuízo? Então, é possível mencionar a vantagem, o prejuízo ou ambos, como
parte da tese ou como argumentos. No caso das redes sociais, vamos mencionar o
possível prejuízo (a perda de privacidade) e a vantagem, que será a facilidade
de comunicação.
Como as
redes sociais são parte integrante da vida no século XXI, é necessário que as
pessoas tenham cuidado ao usá-las, para poder aproveitar a comunicação mais
ágil trazida por elas sem que haja perda de privacidade.
Agora,
vamos incluir as palavras-chave que ficaram faltando (público e privado) e, se
necessário, reescrever a tese para deixar as orações mais legíveis:
As redes
sociais, parte integrante da vida no século XXI, trazem vantagens, como a
facilidade de comunicação, mas também trazem riscos de perda de privacidade.
Por isso, é necessário que as pessoas, ao usar essas redes, tenham clara
consciência dos limites entre público e privado.
Note
que a tese acima não é a única possível e alguém poderia argumentar que nem é a
melhor; mas ela serve bem à função que tem neste texto: exemplificar o processo
de elaboração de uma dissertação.
Passo 2: Levantar Argumentos e Informações
Como
deve ter ficado claro no passo anterior, uma tese pode ser composta de mais de
uma afirmação (e, vale lembrar, nem sempre essa afirmação é “a favor de” ou
“contra” algo). Cada uma dessas afirmações deve ser provada durante o texto,
com argumentos e informações. Na maioria dos grandes vestibulares, provas e
concursos (como Unicamp, USP, Unesp e ENEM), há uma coletânea de textos que
contém diversas ideias e pode servir como auxílio nessa etapa.
Vimos
no post anterior que os argumentos são justificativas para a tese, ou seja,
ideias que ajudam a provar a veracidade da opinião do autor. No exemplo que
estamos usando, temos que provar as seguintes afirmações:
a) as redes
sociais são parte integrante da vida no século XXI;
b) as redes
sociais trazem vantagens, como a facilidade de comunicação;
c) as redes
sociais trazem riscos de perda de privacidade;
d) é
necessário que as pessoas, ao usar essas redes, tenham clara consciência dos
limites entre público e privado
Portanto,
vamos procurar argumentos e informações, na coletânea ou na vida real, que
sustentem as afirmações feitas. Digamos que, após reler a coletânea e pensar um
pouco, chegamos aos seguintes:
a) as redes sociais são parte
integrante da vida no século XXI:
1) prova
disso é que as pessoas no Brasil passam cerca de 20% do seu tempo online em
redes sociais;
2) 72% dos
internautas pretendem ter um perfil em redes sociais;
3) o filme
“A Rede Social” mostra a importância do Facebook no mundo de hoje.
b) as redes sociais trazem vantagens,
como a facilidade de comunicação:
1) é
possível se comunicar com pessoas distantes;
2) é
possível organizar mobilizações políticas;
3) as
pessoas podem ficar menos alienadas, pois têm acesso a ideias que não aparecem
na grande mídia.
c) as redes sociais causam o risco de
perda de privacidade:
1) informações
postadas nas redes podem chegar ao conhecimento de qualquer um, incluindo
companheiros e empregadores;
2) assim
como no livro 1984, de George Orwell, somos vigiados o tempo todo e não temos mais
direito a uma vida privada;
3) crackers
podem invadir os computadores e roubar informações importantes, como senhas de
bancos.
d) é necessário que as pessoas, ao
usar essas redes, tenham clara consciência dos limites entre público e privado:
1) quem
publica nas redes é o próprio usuário, portanto a responsabilidade é dele.
Passo 3: Selecionar Argumentos e Informações
Se
você fez uma boa leitura da coletânea, é possível que tenha um número de
argumentos e informações maior que o necessário. Portanto, será preciso fazer
uma seleção. Esse é um dos momentos em que a presença do projeto de texto
oferece uma enorme vantagem, pois permite que o autor escolha, conscientemente,
as melhores ideias, ao invés de ficar preso às primeiras que lhe ocorrerem.
Um
primeiro critério para escolher quais são os argumentos que devem constar na
versão final da redação é o da irrefutabilidade: quanto mais
irrefutável (ou seja, difícil de contra-argumentar) um argumento for, mais ele
cumprirá sua função de defender a tese. Uma forma de escolher os argumentos,
portanto, é tentar derrubá-los com contra-argumentos e verificar quais são os
que sobrevivem ao processo. Iremos, como exemplo, tentar contra-argumentar um
dos argumentos levantados no passo anterior:
Argumento: As redes
sociais são parte integrante da vida no século XXI: prova disso é que as
pessoas no Brasil passam cerca de 20% do seu tempo online em redes sociais.
Contra-argumento: o número
de pessoas com acesso à internet no Brasil é pequeno. A maioria dos brasileiros
não usa redes sociais.
Se
todos os argumentos em que você pensou puderem ser rebatidos, não se desanime.
Dificilmente haverá um argumento completamente irrefutável. O que você pode
fazer para melhorá-los é reescrever seus argumentos levando em conta a possível
contra-argumentação que ele devem enfrentar. Por exemplo, vamos reformular o
primeiro argumento para que ele fique mais forte e resista ao seu
contra-argumento mais comum:
Argumento a1) reformulado:
as redes
sociais são, cada vez mais, parte integrante da vida no século XXI; prova disso
é que as pessoas no Brasil passam cerca de 20% do seu tempo online em redes
sociais. É verdade que nem todos usam a internet, mas a tendência é que o
acesso à rede seja cada vez mais universal e necessário, tanto que a ONU já o
classifica como direito fundamental do ser humano.
Ainda
é possível discordar desse argumento, mas ele já está mais bem elaborado que a
sua primeira encarnação. Normalmente, argumentos mais irrefutáveis terão de ser
bem explicados e por isso vão gastar mais espaço. Por esse motivo, é importante
selecionar alguns para receber esse tratamento, e não tentar encaixar todos os
argumentos imaginados no espaço do texto sacrificando para isso sua qualidade.
No
exemplo acima, será eliminado, entre outros, o argumento que fala sobre os
crackers. Vamos fazer isso para não ter que explicar o que é um cracker e
porque a proposta que estamos usando na tese está mais voltada à perda de
privacidade causada pelo próprio usuário, não àquela causada por invasores. Os
outros argumentos sairão principalmente por falta de espaço.
Passo 4: Ordenar
Ordenar
uma dissertação é dividi-la em introdução,
desenvolvimento e conclusão. O projeto de texto deve ter,
até esse momento, uma tese, alguns argumentos e informações. Então, não será
difícil distribuir esses elementos para formar uma dissertação coerente.
Veremos com mais detalhes como elaborar cada uma das partes da dissertação em
uma postagem futura, mas aqui vai um resumo.
Em
primeiro lugar, a introdução deve apresentar o tema ao leitor. Deve
ficar claro para o leitor qual será o assunto discutido na redação.
Importante:
Embora muitos defendam que a tese deve ser exposta na introdução, isso não é
necessário (e pode até mesmo prejudicar o texto, como veremos no futuro). Lembre-se
de um dos primeiros posts deste blog (http://temqueportitulo.blogspot.com/2011/11/de-onde-vem-as-lendas-de-redacao-parte_1170.html),
em que eu mencionei o fato de que muitos professores criam regras baseados
apenas em seus próprios preconceitos e opiniões, e passam essas leis aos alunos
como se elas fizessem sentido. Uma dessas regras é justamente a de que toda
introdução deve conter a tese. A verdade é que a introdução do texto
dissertativo-argumentativo deve conter o
tema; a tese pode aparecer nesse momento ou não. Recomendo fortemente o uso
da tese na conclusão, mas, como essa é uma questão um pouco mais complexa, vou
deixá-la para depois.
Vamos usar aqui no nosso projeto uma introdução
indutiva, que parte de um fato específico e o usa como exemplo para chegar
ao tema mais geral. No caso, o filme “A Rede Social”, citado anteriormente:
“O sucesso
do filme “A Rede Social”, que conta a conturbada história por trás da criação
da rede Facebook, chamou a atenção de muitos para um fenômeno da comunicação
moderna: as redes sociais virtuais, em que milhares de pessoas compartilham
suas informações, trocam ideias e até mesmo se engajam em movimentos políticos.”
Entre outras possibilidades se encontram a introdução dedutiva, interrogativa ou histórica, de que eu também vou falar em outro momento (eu sei que estou prometendo muita coisa pro futuro, mas não dá para condensar um curso de redação inteiro em um post!). Dito isso, vamos ao desenvolvimento.
O desenvolvimento é a
parte em que aparecem os argumentos e as informações; uma boa ordem para apresentá-los é
começar pelos menos discutíveis e seguir até os mais discutíveis. Assim, será
mais fácil obter a concordância do leitor, pois ele irá encontrar primeiro
argumentos que não o levarão a questionar o texto. Além disso, pode-se fazer
com que os primeiros argumentos sirvam de base para os últimos, deixando-os
mais fortes.
Vejamos
como vão ficar nossos argumentos, ordenados e reescritos para melhorar a coesão
textual (a ligação entre os elementos do texto):
“Essas
redes são, cada vez mais, parte integrante da vida no século XXI: prova disso é
que as pessoas no Brasil passam cerca de 20% do seu tempo online em redes
sociais. É verdade que tais números se referem apenas a uma parcela da
população, já que nem todos os brasileiros usam a internet. No entanto, a
tendência é que o acesso à rede mundial de computadores seja cada vez mais
universal e importante, tanto que a ONU já o classifica como direito
fundamental do ser humano.
Nem todos
enxergam essa expansão de forma positiva: muitos afirmam que, dada a
onipresença da internet e das câmeras na sociedade, perdemos os limites entre o
público e o privado. Como no livro “1984”, de George Orwell, viveríamos em um
mundo controlado por um Grande Irmão, sem direito a vida particular, e a única solução
seria nos recolhermos e abandonar a vida em rede. No entanto, essa visão ignora
as possíveis vantagens das redes sociais, como a comunicação com pessoas
distantes e a possibilidade de mobilização social, que podem até mesmo servir
como um antídoto para a alienação imposta pela grande mídia.”
Por
fim, a conclusão deve apresentar ou
retomar a tese (no caso de ela já ter sido apresentada). É possível, na
conclusão, retomar também um ou dois argumentos mais importantes, mas é preciso
tomar cuidado para não tornar o texto repetitivo. Para isso, basta explicar o
argumento quando ele aparece pela primeira vez, no desenvolvimento, e depois,
na conclusão, apenas mencioná-lo, sem explicar novamente. Como no nosso exemplo
o tema exige uma proposta de intervenção, esta também deve estar presente:
“As redes
sociais, parte integrante da vida no século XXI, trazem vantagens, como a
facilidade de comunicação, mas também trazem riscos de perda de privacidade. Por
isso, é necessário que as pessoas, ao usar essas redes, tenham clara
consciência dos limites entre público e privado. Os usuários precisam ser
cuidadosos com o que publicam e devem evitar, por exemplo, postar ideias que
não falariam em público”
O
título não é sempre obrigatório, mas vamos criar um aqui para exemplificar. O
motivo para criar o título na última etapa do projeto é justamente a
possibilidade de ler o texto inteiro e depois elaborar um título que seja
coerente com ele. Como nosso texto fala sobre vantagens e desvantagens da vida
em rede, é possível usar esses conceitos no título:
As vantagens e os riscos das redes sociais
Outra
possibilidade é a elaboração de uma metáfora, talvez ligada a alguma obra
literária ou cinematográfica, que faça referência às ideias da tese:
Redes sociais: a vida sob o olhar do Grande
Irmão
No
exemplo acima, foi usado o Grande Irmão, em referência ao livro 1984, de George
Orwell, citado também no terceiro parágrafo do desenvolvimento. Para aumentar a
ligação entre título e tese, vamos também reformular a conclusão, acrescentando
outra referência ao livro:
“As redes
sociais, parte integrante da vida no século XXI, trazem vantagens, como a
facilidade de comunicação, mas também trazem riscos de perda de privacidade.
Por isso, é necessário que as pessoas, ao usar essas redes, tenham clara
consciência dos limites entre público e privado. Os usuários precisam ser
cuidadosos com o que publicam e devem evitar, por exemplo, postar ideias que
não falariam em público. Dessa forma,
será possível aproveitar a comunicação moderna em rede sem temer o olhar
impiedoso do Grande Irmão.”
Veja
como ficou a versão final do texto:
Redes sociais: a vida sob o olhar do Grande
Irmão
O filme “A Rede Social”, que
conta a história por trás da criação da rede Facebook, chamou a atenção de
muitos para um fenômeno da comunicação moderna: as redes sociais virtuais, em
que milhares de pessoas compartilham informações, trocam ideias e até mesmo se
engajam em movimentos políticos.
Essas redes são, cada vez
mais, parte integrante da vida no século XXI: prova disso é que as pessoas no
Brasil passam cerca de 20% do seu tempo online em redes sociais. É verdade que
tais números se referem apenas a uma parcela da população, já que nem todos os
brasileiros usam a internet. Porém, a tendência é que o acesso à rede mundial
de computadores seja cada vez mais universal e importante, tanto que a ONU já o
classifica como direito fundamental do ser humano.
Nem todos enxergam essa
expansão de forma positiva: muitos afirmam que, dada a onipresença da internet
e das câmeras na sociedade, perdemos os limites entre o público e o privado.
Como no livro “1984”, de George Orwell, viveríamos em um mundo controlado por
um Grande Irmão, sem direito a vida particular, e a única solução seria nos
recolhermos e abandonar a vida em rede. No entanto, essa visão ignora as
possíveis vantagens das redes sociais, como a comunicação com pessoas distantes
e a possibilidade de mobilização social, que podem até mesmo servir como um
antídoto para a alienação imposta pela grande mídia.
As redes sociais, parte
integrante da vida no século XXI, trazem vantagens, como a facilidade de
comunicação, mas também trazem riscos de perda de privacidade. Por isso, é
necessário que as pessoas, ao usar essas redes, tenham clara consciência dos
limites entre público e privado. Os usuários precisam ser cuidadosos com o que
publicam e devem evitar, por exemplo, postar ideias que não falariam em
público. Dessa forma, será possível aproveitar a comunicação moderna em rede
sem temer o olhar impiedoso do Grande Irmão.
O propósito deste exercício não foi
elaborar o texto perfeito, mas sim escrever uma redação simples que servisse
para exemplificar os passos de um projeto de texto. Se ficaram dúvidas, não
deixe de postá-las nos comentários. Mas, acima de tudo, comece o mais rápido
possível a escrever redações usando o projeto de texto (mesmo que não
exatamente como descrito aqui). Uma
redação boa, escrita sem projeto de texto, pode ser obra do acaso; uma redação
ruim escrita com projeto de texto é um primeiro passo na direção correta.
Feliz 2012 e até a próxima postagem!
Parabéns. Muito legal suas dicas. Algumas coisas já fazia quase que naturalmente. Por ler muito, você acaba pegando o "modelo". Mas foi bom saber dessas particularidades "indispensáveis", de certa maneira.
ResponderExcluirSobre a redação do Enem, também fiz. Argumentei basicamente com as mesmas coisas, mas atentei também dos riscos da comunicação muito facilitada sem limites e vigilância. Usei como exemplo as torcidas organizadas de futebol, que marcam brigas por redes sociais.
Falando em título, Deixo como dica - sempre o coloquem.
Por mais impessoal que o corretor tente ser, quando há o título é outra coisa. Parece que o texto foi feito com mais primor, não sei, desvelo. rs
O meu título foi "Entrelaçados em rede". Consegui 860 pontos.
Pena que ainda não posso ir pra nenhuma faculdade...
Abraços.
Seu texto houve mistura de pessoa gramatical : " *viveríamos em um mundo controlado por um Grande Irmão, sem direito a vida particular, e a única solução seria *nos *recolhermos e abandonar a vida em rede" ass: Vítor
ResponderExcluirOi, Vítor. Obrigado pela leitura atenta. Mas você tem certeza de que houve mistura de pessoas gramaticais? Parece-me que todas as expressões marcadas por você estão na 1a pessoa do plural. Abraços.
ResponderExcluirQue demais cara, esse blog é show de bola. Muito obrigado pelas dicas valiosas e vamo que vamo.
ResponderExcluir