terça-feira, 26 de março de 2013

Temas para o feriado

Olá a todos os meus alunos do ensino médio. Como prometido, estou postando aqui alguns temas para vocês não ficarem sem o que fazer neste feriado. 
Abraços.
Cícero.

1º EM: tema de narração, UEL 2010


INSTRUÇÕES

1. Não se esqueça de focalizar o tema proposto.
2. A sua redação deve, necessariamente, referir-se ao texto de apoio ou dialogar com ele. Atenção, evite mera colagem ou reprodução.
3. Organize sua redação de modo que preencha entre 20 (mínimo) e 25 (máximo) linhas plenas, considerando-se letra de tamanho regular.
4. Observe o espaçamento que indica início de parágrafo.
5. Use a prosa como forma de expressão.
6. Crie um título para a sua redação e coloque-o na linha adequada
.




A foto, feita pelo fotógrafo amador Haruo Ohara (1909-1999), registra a presença de duas crianças brincando em uma área rural. A menina empunha uma sombrinha e o garoto usa chapéu, o que sugere um dia de sol. As crianças não têm brinquedos e se divertem com o que encontram naquele momento. O garoto segura com firmeza a escada, demonstrando zelo e cuidado com a companheira de diversão.
Com base nesses elementos e na observação da imagem, elabore um texto narrativo em que as lacunas dessa cena sejam preenchidas por personagens, conflitos e ações, num determinado tempo e espaço.




2º EM: dissertação, estilo ENEM


Leia atentamente os excertos a seguir:

1 - Brasília- Com 52,2% das residências mais ricas conectadas à rede mundial de computadores, o Brasil é país da América Latina onde os ricos mais têm acesso à internet em casa, segundo pesquisa da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
No entanto, somente 1,7% das casas mais pobres do Brasil contam com essa forma de comunicação.

2 - “O problema da fome não é técnico. A tecnologia disponível já no final da década de 1980 permitiria a produção de alimentos para 17 bilhões de pessoas”, diz Ariovaldo Umbelino de Oliveira, professor titular do Departamento de Geografia da FFLCH-USP. “A questão é de natureza política e econômica. As diferentes sociedades existentes no mundo nunca resolveram o problema da fome porque suas elites não têm interesse”.

(Vox Scientiae, Produto do Núcleo José Reis de Divulgação Científica da ECA/USP - São Paulo - Maio/Junho de 2006 - Ano 6- Nº32)

3 – “No início da Revolução Industrial, acreditava-se que a tecnologia e o aumento da produção levariam naturalmente a uma diminuição da desigualdade social; mas o que aconteceu foi o contrário: a abundância e as novas tecnologias ficaram restritos a poucos e apenas os mais ricos usufruíam de seus benefícios”.


4- Como fica claro, o progresso capitalista tem sido um grande aliado da qualidade de vida dos homens, inclusive no que diz respeito ao meio-ambiente. Curiosamente, muitas organizações que se dizem "ambientalistas" adotam uma postura completamente contrária ao avanço tecnológico fruto do capitalismo. É o caso do Greenpeace, que condena, por exemplo, o uso da biotecnologia na agricultura. Ora, um dos grandes desafios à frente é alimentar os nove bilhões de seres humanos que a ONU estima estarem vivos em 2050. O ganho de produtividade proveniente do uso de transgênicos pode ser justamente a solução para esse problema. No entanto, muitos "ambientalistas" condenam este avanço, sem razão sólida alguma. Plantações geneticamente modificadas já correspondem a 35% da área cultivada nos Estados Unidos, e os resultados são claramente positivos. Além disso, existe ganho de eficiência alimentar também, pois alimentos podem ser produzidos com mais vitaminas e ferro, através do uso da biotecnologia. Logo, se a prioridade dos ambientalistas é uma melhor qualidade de vida para os homens, aliada à preservação máxima possível do meio-ambiente, não faz sentido condenarem de forma tão radical os alimentos transgênicos. O fato de tantos fazerem exatamente isso denota a influência ideológica no debate.

(Rodrigo Constantino, “Tecnologia e Meio-Ambiente”)

Após ler e interpretar os textos acima, e, se achar necessário, utilizando-se de ideias contidas neles e de outras que você conheça, escreva uma dissertação em prosa com o tema:

Como garantir que o avanço tecnológico traga melhorias à vida das pessoas?

quarta-feira, 20 de março de 2013

Tema para as turmas do 1º ano

Como várias pessoas estavam com dificuldades para encontrar os temas, estou repostando aqui. Esse tema deve ser feito por quem perdeu alguma das oficinas até agora (20 de março).
Abraços.

Leia com atenção o seguinte mini-conto:
“Um dia nosso pai subiu o rio.
Disse que ia voltar rico e que vinha nos buscar. Mas passou rio, passou rio pela nossa porta e nada
do nosso pai voltar.
Um dia o rio trouxe o chapéu de palha do nosso pai. Passou lá no meião, mas nossa mãe identificou.
Bom sinal. Ele já tinha trocado de chapéu. Qualquer dia aparecia rico, descendo o rio de linho branco, num
barco a motor. Mas passou rio, passou rio e nada do nosso pai voltar.
Então um dia a nossa mãe viu uma balsa descendo o rio. Em cima da balsa, amarrado numa cadeira,
degolado, o nosso pai, com uma tabuleta no peito ensanguentado dizendo alguma coisa. Mas nossa mãe
fez que não viu.
Nunca mais se falou no nosso pai. mas eu às vezes penso no que estava escrito naquela tabuleta.
Um dia subo o rio pra descobrir.”
(Luís Fernando Veríssimo, Comédias da Vida Privada)
Instruções Gerais:
Escreva uma narração em 3ª pessoa em que o personagem suba o rio e descubra o que aconteceu
com seu pai.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Temas para as turmas do 2º ano

Pessoal, seguem dois temas de dissertação, para quem tiver perdido alguma oficina. É só escrever e entregar para mim ou para a Renata. Abraços.

Tema 1:


Leia atentamente os textos abaixo e, em seguida, redija uma dissertação em prosa, de até 30 linhas, discutindo as ideias neles contidas.

1. Fazendo piada contra a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de proibir humor com candidatos em programas de rádio e TV, cerca de duas mil pessoas participaram na tarde deste domingo (22) da passeata "Humor sem Censura", na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Embora o tribunal informe que se baseia na Lei Eleitoral (9.505/1997), nunca antes a proibição havia sido aplicada, como lembraram Cláudio Manoel, Hélio de La Peña e Marcelo Madureira, do Casseta e Planeta, programa que sempre fez sátiras de candidatos. A iniciativa da manifestação partiu dos integrantes do Comédia em Pé, cujas apresentações, em teatros, não são atingidas pela proibição. "Protestamos mesmo não estando censurados (...) mas pode chegar, qualquer fiapo de censura é uma fagulha", filosofou Cláudio Torres Gonzaga, um dos integrantes do grupo. Fábio Porchat, também do Comédia em Pé, leu o manifesto, afirmando que "as restrições impostas aos profissionais do humor são francamente inconstitucionais, uma forma arbitrária e espúria de censurar o seu trabalho, silenciando-os. No exercício da democracia, informar e criticar não somente é um direito, mas um dever".
http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2010

2. Se a democracia respeita a liberdade de expressão, esta última também deve respeitar aquela. O humor pode ser usado para prejudicar um candidato ou outro, daí que se deve tomar muito cuidado com a liberação do humor em época de eleições.
Opinião de internauta favorável à proibição do humor nas eleições


Tema 2:

1. Como treinar um ser humano
Não li ou ouvi, em qualquer meio de comunicação, sobre um fato em especial do belo filme Como treinar o seu dragão. O filme rodeia um tema desde que o dragão Banguela se machuca e, a princípio, não consegue mais voar, até o final do filme, quando o personagem principal, Soluço, vira o herói da aldeia viking. Alguns leitores podem achar que estou falando do desenvolvimento linear do personagem Soluço, de medroso, desajeitado, ruim com mulheres a salvador da ilha viking, habilidoso e garanhão, mas não estou. Me refiro a algo muito mais comovente e profundo, que é a deficiência física que o dragão Banguela adquire na começo do filme (perda de parte da cauda) e a do garoto Soluço, no final do filme, que perde parte da perna. Coincidência, não? Quando e quantos filmes vocês já viram, ainda mais em um desenho hollywoodiano, que o personagem principal é deficiente físico? Nenhum, aposto. E os dois, então! Quando percebi, aplaudi de pé! Uma iniciativa e uma coragem única. Não obstante eu ser favorável ― e já defendi isto outras vezes ―, a políticas públicas de inclusão dos deficientes físicos, com obras públicas, deduções de impostos e criação/manutenção de centros esportivos e recreativos destinados a eles, nada vence um desenho animado na importante tarefa de inclusão e perda do preconceito. Com este desenho, crianças especiais poderão ver que até, digo, inclusive, os desenhos animados podem ter algum tipo de deficiência e serem muito felizes. Já as crianças "normais" podem ver que crianças especiais podem brincar da mesma forma que elas e com elas. Fora isto, a oportunidade de se verem retratadas na telinha também é mágica. Cria-se uma identificação com o personagem que pode acabar servindo de modelo e herói. Se antes uma criança especial não poderia vestir fantasia alguma para se inspirarem nos seus desenhos animados favoritos, hoje podem se vestir de Banguela ou Soluço. E mesmo dois deficientes podem brincar, se divertir e se destacar no grupo, conquistando o amor da menina mais bonita, que não o deixou só por ele ter virado deficiente físico. A menina incentivou-o e o acolheu. Enfim, serem felizes.
Caro leitor, desculpem a repetição indiscriminada da palavra feliz, mas há conceito mais importante e perseguido?

adaptado de texto de Daniel Bushatski - http://www.digestivocultural.com/colunistas

Escolha uma das opções abaixo e escreva um texto dissertativo.

a) Discuta a necessidade de políticas de inclusão de deficientes físicos na sociedade e explique como o Estado deveria garantir esse processo;
b) O autor do texto afirma que os desenhos animados são a forma mais eficiente de vencer preconceitos. Você concorda? Explique por quê.



sábado, 23 de fevereiro de 2013

Como começar uma dissertação?



Antes de explicar como funciona a introdução do texto dissertativo, vamos deixar uma coisa bem clara: não existe uma forma única e imutável de se organizar uma dissertação. Quando alguém mostra exemplos de introduções, desenvolvimentos e conclusões, está apenas citando formas que já foram usadas e funcionaram em algum momento. Ninguém é obrigado a copiá-las exatamente como elas aparecem, mas é interessante observar quais as características que as levaram a ser usadas tantas vezes.

A tese deve aparecer na introdução?
Muitos professores defendem que a introdução de um texto dissertativo deve conter a tese, ou seja, a opinião do autor acerca do tema. No entanto, é errado encarar essa apresentação da tese no início do texto como algo obrigatório. Muitos textos publicados em vestibulares concorridos, como Unicamp, Fuvest e Puccamp, apresentam a tese apenas na conclusão do texto. Eu defendo o seguinte: a tese no início do texto é algo mais adequado para dissertações expositivas e de temas abstratos, enquanto as dissertações argumentativas e com temas mais concretos se beneficiam da presença da tese apenas na conclusão.
O motivo é simples: a tese de uma dissertação tende a ser o momento mais discutível, mais autoral, do texto. Se uma tese for colocada no início da redação e não for aceita pelo leitor (o que é sempre possível, especialmente porque ainda não foi dado nenhum argumento para sustentá-la), todo o poder de convencimento da redação ficará comprometido. É como se o leitor se "armasse" de antemão contra os argumentos que vai encontrar na sequência. Você já deve ter passado por isso: ao ver um debate em que um dos participantes defende uma posição contrária à sua, você provavelmente já começou a ouvir os argumentos dele com uma ponta de preconceito, pensando algo do tipo "aposto que ele vai falar um monte de baboseira".

 Se o seu texto tem o propósito de convencer o leitor, você provavelmente não quer que ele leia seus argumentos com  uma postura defensiva. Por isso, nesses casos, eu recomendo que a tese seja apresentada apenas na conclusão.

 "OK", você pode estar pensando, "mas então o que sobra para a introdução????"

Um bom começo seria pensar na função dessa etapa em uma dissertação. Imagine que seu leitor acaba de pegar seu texto e vai lê-lo. Ele provavelmente não é adivinho e terá dificuldades para imaginar qual é o assunto que você pretende discutir. Por isso, podemos dizer que a introdução de um texto dissertativo tem a função de apresentar ao leitor o tema discutido. Assim, é comum que no início de um texto seja feita uma breve exposição do assunto, antes de passarmos para a argumentação propriamente dita. Veja o exemplo a seguir:
Os usuários de drogas ilícitas somam 185 milhões em todo o mundo, ou seja, três pessoas em cada cem usam, consomem algum tipo de substância ilegal. O número de fumantes é dez vezes maior: trinta em cada cem pessoas usam tabaco. Isso quer dizer que, se legalizadas, as drogas hoje ilícitas seriam consumidas por dez vezes mais pessoas? Não se sabe ao certo. Mas os números mostram que a legalização das drogas deve ser discutida de forma responsável.
Note que, no trecho acima, o autor ainda não explicitou sua opinião, mas já deixou claro que vai discutir o assunto drogas em seu texto. Mais especificamente, que vai discutir a proposta recorrente de legalização das drogas. Sabendo disso, o leitor vai acompanhar o texto com mais facilidade. 



Deixar claro o tema sobre o qual se vai falar é a função primordial de qualquer introdução de texto dissertativo. Claro que essa função pode ser cumprida de muitas formas diferentes, mas isso nós veremos em posts futuros. Até breve.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

O que fazer para ter uma redação nota 10?

Essa pergunta apareceu em um comentário no meu post anterior. Vou tentar responder, mas obviamente não é algo que se possa cobrir em um texto curto. Em primeiro lugar, vale a pena lembrar o que eu sempre digo aqui: cada gênero, tipo de texto, proposta e vestibular tem suas próprias regras. Mas, de modo geral, vou apontar dois princípios:

1 - planeje o texto

Os melhores textos, publicados pelos organizadores de vestibular, não são os mais criativos nem os de maior valor literário: são os mais organizados. Um hábito importantíssimo, portanto, é sempre planejar cuidadosamente o que escrever, antes de começar a colocar as palavras no papel a ser entregue. Muitos outros tópicos que já escrevi e que vou escrever ainda tratam justamente de como organizar um projeto de texto para tipos e gêneros variados. No momento, eu recomendaria o post http://temqueportitulo.blogspot.com.br/2012/01/projeto-de-texto-dissertativo-parte-2.html

2 - pratique

Escrever bem não é uma habilidade que se adquire instantaneamente. Também não é algo que depende de um truque simples, ensinável em poucos minutos. O que vai levar as redações a melhorar é escrever com frequência e também prestar muita atenção às correções. Por isso, eu sugiro a todos os interessados em melhorar sua escrita e, consequentemente, suas notas em provas e vestibulares que procurem um profissional para corrigir os textos e escrevam no mínimo uma vez por semana, sempre tentando melhorar e corrigir os problemas encontrados na redação anterior.

Ainda vou falar muito sobre isso por aqui. Até breve.



quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Quais gêneros devem cair no vestibular Unicamp?





Para responder, a primeira coisa que devo deixar bem clara é: não basta saber o gênero que vai cair. Muito mais importante é ler bem a proposta e entender como aquele gênero particular está sendo cobrado. Na prova de 2012, por exemplo, foi pedido um manifesto, mas também se pediu que ele fosse escrito para uma situação de discurso oral, que não é a maneira mais comum de se apresentar um manifesto. Ou seja, quem memorizou as características típicas do gênero e produziu um texto seguindo esse padrão pode ter se prejudicado.

Dito isso, há sim alguns gêneros que, se forem bem conhecidos, devem ajudar o candidato na hora da prova. Acredito que a lista mínima inclui os seguintes:

Editorial
Artigo de Opinião
Cartas (especialmente a Argumentativa)
Sinopse
Resenha
Abaixo-assinado
Entrevista
Discurso
Comentário
Texto Instrucional
Conto
Crônica
Notícia
Verbete

É óbvio que podem cair outros gêneros, mas, como a lista tende ao infinito, faz mais sentido conhecer gêneros que não apenas têm uma boa possibilidade de aparecer, mas que também cobrem um amplo espectro de características (acredito que é possível escrever praticamente qualquer gênero a partir do conhecimento de cinco características que os compõem: propósito, autor, interlocutor, meio e linguagem). Quem quiser uma explicação mais detalhada pode conferir um post que eu já escrevi sobre isso: http://temqueportitulo.blogspot.com.br/2012/02/o-que-sao-generos-textuais.html.

É isso por hoje.
Até breve.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Resolução para 2013



Olá a todos. Com um ligeiro atraso de 10 dias, resolvi colocar em prática minha principal resolução para 2013: escrever mais. Se tudo der certo, espero publicar pelo menos uma vez por semana, e pretendo também utilizar uma ferramenta que vai me ajudar nessa meta: textos mais curtos.

Pensei em escrever pequenos textos respondendo a dúvidas comuns de redação que nunca são explicadas adequadamente na internet. Naturalmente, acumulei centenas dessas dúvidas nos últimos 14 anos, mas se alguém tiver alguma questão que considere mais urgente (e que seja algo geral sobre redação, não perguntas do tipo "por que eu tirei uma nota tão baixa no ENEM?"), pode mandar que eu tento atender mais rápido.
Dito isso, vamos à dúvida de hoje:

"Quando eu faço uma redação, é melhor...?"

Vou interromper um pouco a pergunta e fazer um comentário que vale para todas as respostas futuras: não faz sentido perguntar como se escreve “uma redação”. Existem tipos de texto e gêneros específicos, cada um com suas regras, e vestibulares, provas e concursos também diferentes uns dos outros. Assim, sempre que eu afirmar que tal ou tal estratégia funciona ou não, vou especificar em que situação isso acontece. Reformulando a pergunta:

"Quando eu faço uma dissertação, é melhor dar a minha opinião pessoal ou colocar uma opinião que o corretor vai achar correta?"

Essa é uma dúvida bastante comum. Ela provavelmente se deve ao fato de que, na escola, os alunos aprendem a reconhecer as características de seu professor e às vezes percebem que certas opiniões tendem a ser mais valorizadas que outras. Em dissertações de vestibular, no entanto, é má ideia tentar “agradar” o corretor dando uma opinião com a qual ele supostamente concorda.

Em primeiro lugar, é difícil prever a personalidade de cada corretor. Ou seja, talvez você escreva uma opinião para agradar ao examinador, mas, por acaso, justamente a pessoa que vai corrigir a sua redação tem uma visão totalmente oposta à que você apresentou.

Além disso, os examinadores de vestibulares sérios são treinados e orientados para não levar em conta suas inclinações pessoais na hora de atribuir nota a um texto. É verdade que um ou outro corretor pode se deixar envolver e acabar falhando nesse quesito, mas é mais razoável escrever o texto imaginando que a personalidade do examinador não vai interferir no julgamento.

Por fim, lembre-se de que, em um texto dissertativo-argumentativo, muito mais importante que a opinião defendida é a qualidade da argumentação. Portanto, não se preocupe em “adivinhar” a opinião do corretor e sim em defender a sua própria opinião da forma mais coerente e convincente possível.
É isso por hoje. Escrevi um pouco também sobre opiniões em textos dissertativos em um dos primeiros posts do blog. Aqui está o link: http://temqueportitulo.blogspot.com.br/2011/11/de-onde-vem-as-lendas-de-redacao-parte_09.html

Abraços e até a próxima.