No
domingo, dia 11 de novembro de 2012, ocorreu a primeira fase do vestibular nacional
Unicamp. Neste e no próximo post, irei apresentar as duas propostas de redação
e comentá-las em detalhes. Para quem quiser também ler comentários sobre as
questões, recomendo o site do curso Elite Campinas: http://www.elitecampinas.com.br/gabaritos/unicamp/2013/unicamp2013_1fase.asp
O primeiro
tema da Unicamp 2013 está reproduzido abaixo:
Imagine-se
como um estudante de ensino médio de uma escola que organizará um painel
sobre características psicológicas e suas implicações no plano individual e na
vida em sociedade. Nesse painel, destinado à comunidade escolar, cada
texto reproduzido será antecedido por um resumo. Você ficou responsável
por elaborar o resumo que apresentará a matéria transcrita abaixo,
extraída de uma revista de divulgação científica. Nesse resumo você deverá:
- apresentar
o ponto de vista expresso no texto, a respeito da importância do pessimismo em
oposição
ao otimismo, relacionando esse ponto de vista aos argumentos centrais que o
sustentam.
Atenção:
uma vez que a matéria será reproduzida integralmente, seu texto deve ser
construído sem copiar enunciados da matéria.
PESSIMISMO
Para
começar, precisamos de pessimistas por perto. Como diz o psicólogo americano
Martin Seligman: “Os visionários, os planejadores, os desenvolvedores, todos
eles precisam sonhar com coisas que ainda não existem, explorar fronteiras.
Mas, se todas as pessoas forem otimistas, será um desastre”, afirma. Qualquer
empresa precisa de figuras que joguem a dura realidade sobre os otimistas:
tesoureiros, vice-presidentes financeiros, engenheiros de segurança...
Esse
realismo é coisa pequena se comparado com o pessimismo do filósofo alemão
Arthur Schopenhauer (1788-1860). Para ele, o otimismo é a causa de todo o sofrimento
existencial. Somos movidos pela vontade – um sentimento que nos leva a
agir,
assumir riscos e conquistar objetivos. Mas essa vontade é apenas uma parte de
um ciclo inescapável de desilusões: dela vamos ao sucesso, então à frustração –
e a uma nova vontade.
Mas qual é
o remédio, então? Se livrar das vontades e passar o resto da vida na cama sem
produzir mais nada? Claro que não. A filosofia do alemão não foi produzida para
ser levada ao pé da letra. Mas essa visão seca joga luz no outro lado da moeda
do pessimismo: o excesso de otimismo – propagandeado nas últimas décadas por
toneladas de livros de autoajuda. O segredo por trás do otimismo exacerbado, do
pensamento positivo desvairado, não tem nada de glorioso: ele é uma fonte de ansiedade.
É o que concluíram os psicólogos John Lee e Joane Wood, da Universidade de
Waterloo, no Canadá. Um estudo deles mostrou que pacientes com autoestima baixa
tendem a piorar ainda mais quando são obrigados a pensar positivamente.
Na
prática: é como se, ao repetir para si mesmo que você vai conseguir uma
promoção no trabalho, por exemplo, isso só servisse para lembrar o quanto você
está distante disso. A conclusão dos pesquisadores é que o melhor caminho é
entender
as razões
do seu pessimismo e aí sim tomar providências. E que o pior é enterrar os
pensamentos negativos sob uma camada de otimismo artificial. O filósofo
britânico Roger Scruton vai além disso. Para ele, há algo pior do que o
otimismo puro e simples:
o “otimismo
inescrupuloso”. Aquelas utopias* que levam populações inteiras a aceitar
falácias** e resistir à razão. O maior exemplo disso foi a ascensão do nazismo –
um regime terrível, mas essencialmente otimista, tanto que deu origem à Segunda
Guerra com a certeza inabalável da vitória. E qual a resposta de Scruton para
esse otimismo inescrupuloso? O pessimismo, que, segundo ele, cria leis
preparadas para os piores cenários. O melhor jeito de evitar o pior, enfim, é
antever o pior.
(Extraído
de M. Horta, “O lado bom das coisas ruins”, em Superinteressante, São
Paulo, no 302, março 2012.
* Utopia:
projeto de natureza irrealizável; ideia generosa, porém impraticável; quimera;
fantasia.
**
Falácia: qualquer enunciado ou raciocínio falso que, entretanto, simula a
veracidade; raciocínio verossímil, porém falso; engano; trapaça.
O
primeiro gênero do vestibular Unicamp 2013 não foi dos mais previsíveis (pelo
menos na minha opinião); o resumo,
embora seja tarefa frequente no ensino fundamental e médio, não é um texto tão
presente em situações do mundo real, o que parece ser uma pequena mudança de
direção em relação às propostas de 2011 e 2012.
Essa
imprevisibilidade, no entanto, não é motivo para pânico. Tudo que o candidato precisava
fazer era ler com atenção as orientações e o texto base para escrever um resumo
adequado. Um fator que será considerado por muitos como uma “pegadinha” era a
contextualização: a proposta afirmava que o autor deveria ser um aluno do ensino
médio que escreveria um resumo para um texto a ser publicado em um painel na
sua escola. Isso poderia levar a uma confusão análoga à ocorrida com muitos
candidatos em 2012, no gênero verbete:
sem conhecer bem a estrutura do vestibular Unicamp, alguns candidatos poderiam
ter pensado que era necessário explicitar as características do autor do resumo
(estudante do ensino médio) e a situação de produção (um painel em uma
exposição sobre as implicações de características psicológicas no plano
individual e na sociedade).
Os
alunos que estudaram o caso do famigerado verbete de 2012 (comentários em http://temqueportitulo.blogspot.com.br/2011/11/redacao-na-unicamp-2012-genero-3.html),
no entanto, devem ter percebido que, nas propostas da Unicamp, embora sempre haja um contexto, nem sempre
ele deve ficar explícito no texto. Foi o caso no vestibular 2012 e novamente
agora. Esperava-se, portanto, um texto que não fizesse referência direta às
características do autor nem ao meio em que ele seria veiculado. Referências diretas
talvez levem o texto à anulação nos critérios interlocução e gênero. O
público alvo, presumivelmente formado por alunos da mesma escola do autor,
também não deveria ser citado diretamente, mas seria possível mostrar que o
texto foi produzido com esse público em vista por meio do uso de um vocabulário
um pouco mais simples que o da matéria original.
Um
cuidado a ser tomado seria a lembrança de que o gênero resumo não busca expor a visão de quem o elabora, mas respeitar as
ideias presentes no texto que lhe serve de base. Assim, o candidato não deveria
se equivocar com o formato da proposta e pensar que estava frente a um tema de
dissertação. A banca não espera dos candidatos a capacidade de elaborar uma
nova tese sobre o pessimismo, mas sim a habilidade de condensar os pensamentos
de outro texto. Cumprir essa tarefa seria importante para não ter a redação
anulada no critério propósito.
E que pensamento era esse? A primeira
atitude para responder a essa pergunta seria considerar qual é o propósito de
um resumo. Ora, trata-se de um texto que condensa as ideias mais importantes de
um outro texto. E o que é mais importante em cada texto depende de a qual
gênero ele pertence e, especialmente, a qual propósito ele se destina. Como o
texto original era uma reportagem argumentativa, ou seja, um texto que
apresenta ideias e as defende, podemos concluir que seus elementos mais
importantes são a tese e os argumentos. Essa conclusão é reforçada
pelas palavras exatas usadas na proposta para se referir à tarefa do candidato,
que deveria “apresentar o ponto de vista expresso no texto, a respeito da
importância do pessimismo em oposição ao otimismo, relacionando esse ponto de
vista aos argumentos centrais que o sustentam”
Podemos
afirmar que a tese, ou seja, a ideia
central desenvolvida pelo texto-fonte, era a de que embora considerado inferior ao otimismo, o pessimismo é necessário para a vida em sociedade: a melhor forma de
evitar coisas ruins é se preparar para elas. Os principais argumentos usados para defender essa
tese eram os seguintes:
1.
a atitude puramente otimista não leva a resultados práticos se não for freada
por um certo pessimismo (que a reportagem chama de “realismo”, em um primeiro
momento)
2.
pessoas com autoestima baixa, quando obrigadas a agir positivamente, acabam por
se deprimir ainda mais, já que o falso otimismo aumenta o choque entre a
realidade cruel e as expectativas falsas
3.
ideais políticos otimistas (como o nazismo, que via a própria vitória como um
resultado inevitável da guerra) podem levar sociedades inteiras a negar evidências
racionais e agir de forma irresponsável.
Alguém
irá perguntar se era necessário citar os autores de cada uma das ideias do
texto-fonte; embora eu não possa afirmar com certeza o que a Unicamp vai fazer
nesse caso, acredito que o mais lógico é que a citação dos nomes seja
desnecessária e, no limite, prejudicial. Afinal, trata-se de um resumo e não de
uma cópia. E a proposta enfatiza a importância de representar no resumo as ideias centrais do texto-fonte (que
independem dos nomes de seus defensores).
Um
último detalhe curioso: ao contrário da maioria dos gêneros, este provavelmente
não irá valorizar o uso do espaço disponível em sua totalidade (24 linhas).
Afinal, a depender do tamanho da letra do candidato, é possível escrever quase
uma cópia do texto original nesse espaço, o que foi explicitamente
desencorajado (“uma vez que a matéria será reproduzida integralmente, seu texto
deve ser construído sem copiar enunciados da matéria”). Assim, acredito que
iremos ver textos relativamente curtos publicados como exemplos de nota acima
da média.
Faltou
alguma coisa? Deixe sua pergunta nos comentários e até a próxima.
Cícero, não sei se isso aconteceu somente comigo, mas achei um pouco confuso com o ''atenção'' proposto pela Unicamp, que dizia: 'uma vez que a matéria será reproduzida integralmente, seu texto deve ser construído sem copiar enunciados da matéria.'. Fiquei um pouco confuso pois não sabia se eu poderia citar ou parafrasear já que o texto estava anexado ao resumo.
ResponderExcluirAnônimo, minha opinião é a seguinte: como o texto original seria anexado na íntegra, o resumo a ser feito deve realmente reescrever as ideias. Não é para ser aquele resumo preguiçoso em que o aluno corta algumas partes do texto original e mantém as outras intactas.
ExcluirOi Cícero! Só queria comentar aqui que eu não me surpreendo com o gênero. Em quase um ano na USP descobri que quase todos os professores têm um programa que encontra os "ctrl+c"s da vida... rs! Nos trabalhos e relatórios, temos que fazer resumos das fontes do conteúdo, e não só a cópia, por mais que as fontes sejam colocadas neles... Mas MUITA gente, mais que a maioria, copia e coloca lá o site do wikipedia depois! Eu tive que treinar bastante! rsrs
ResponderExcluirEu acho que a UNICAMP deve ter o mesmo problemas com os alunos...
Oi, Isa! Na minha época essa cópia ainda não era tão comum (não existia Wikipedia), mas o que você disse faz muito sentido. Obrigado pelo comentário. Fora aprender técnicas antipicaretagem (;)), o que mais você tem feito aí na USP? Abraços.
ExcluirCícero!!!
ResponderExcluirO resumo era pra fazer menção direta à materia q seria apresentada??
Oi, Bia. Você está perguntando se era para dizer algo como "no reportagem "Pessimismo", é afirmado que..."? Acredito que não faz diferença. A Unicamp muito provavelmente aceitará textos com e sem essa referência, já que a presença ou ausência dela não descaracteriza o resumo. Abraços.
ExcluirEra para colocar título ou não?
ResponderExcluirMinha aposta é que não faz diferença. Eu colocaria o título "Resumo" ou "Resumo do texto "Pessimismo".
ExcluirBem, comecei minha redação mais ou menos assim: "A matéria 'Pessimismo' presente no painel tem por objetivo informar à comunidade escolar sobre a importância do pessimismo na vida em grupo."
ResponderExcluirApós isso apenas fiz o resumo como foi pedido.
Com certeza tive minha redação anulada? Ou apenas perdi muitos pontos?
E mais uma dúvida: ao citar o contexto em que foi produzido o resumo, acabei por produzir qual gênero textual?
ExcluirComo já respondi para a Beatriz, ali em cima, não acredito que essa referência descaracterize o gênero resumo. Portanto, creio que você ainda fez um resumo e é possível que não seja prejudicado no critério 'gênero' por ter incluído essa contextualização. Um motivo para penalizar, no entanto, seria o fato de que você fez uma afirmação ligeiramente equivocada: a matéria "Pessimismo" não tem por objetivo informar algo à comunidade escolar, já que foi originalmente publicada na revista Superinteressante, que é uma publicação voltada a um leitor mais universal.
ExcluirMuito obrigado. Fiquei bem mais tranquilo agora.
ExcluirBem, concordo que dizer que a matéria era destinada a informar à comunidade escolar soou estranho, mas, ao constar no painel do colégio, acredito que esse seria realmente o objetivo dela, não? Afinal, ela não estava mais "circulando" em uma revista, mas, sim, dentro da escola. Enfim, acho que isso vai ficar nas mãos do corretor mesmo.
ExcluirDe qualquer forma, pelo que li, a correção considera como critérios "propósito", "interlocução", "gênero" e "modalidade escrita". Considerando que o corretor tenha a visão de que a informação dada está incorreta, de qual critério ele descontaria pontos?
Novamente obrigado. (:
Além desses critérios que você mencionou, há o critério de "autoria", que é somado à nota de "modalidade" para formar o que a Unicamp chama de "grade holística". A informação equivocada seria descontada, acredito, na autoria.
ExcluirEu escrevi somente 5-8 linhas, vou perder ponto? Resumi bem resumido, como se fosse aqueles textos que vem antes de uma matéria no jornal
ResponderExcluirOi, Melinda. Acho bem possível que você tenha uma boa nota, mas depende de como os corretores irão julgar a qualidade do seu resumo.
ExcluirOii Cícero,
ResponderExcluirEu fiz um resumo tipo assim "Se engana quem pensa que o pessimismo é de todo o mal. No mundo é necessário pessoas otimistas e pessimistas, assim como ha profissões que requerem pessoas otimitsas (desenvolvedores) e pessimistas (vice presidente financeiro).O psicologo tal...". Não mencionei o autor do texto nem nada. Meus amigos mencionaram tipo assim " O autor tal, to texto pessimismo mostra que ... "
Estou com medo de ter minha redação anulada. Eu fugi do gênero ? Minha redação esta errada ou a deles ?
Acredito que ambas as formas são possíveis, pois existem resumos que usam essas duas estratégias. Em provas recentes, a Unicamp aceitou interpretações variadas quanto ao formato do texto. Por exemplo: no ano passado, foram aceitos manifestos com título (como se tivessem sido escritos para publicação e depois tivesse surgido a ideia de lê-los em voz alta) e sem título, com uma saudação direta ao público (como se tivessem sido preparados especificamente para aquela reunião).
ExcluirObrigada :D
Excluiralguém que fez mais de vinte linhas perderá muitos pontos?
ResponderExcluirNão necessariamente; eu acredito que a pontuação mais baixa será para quem não resumiu o texto, mas apenas o copiou. Se você resumiu o texto, mas usou muitas linha (porque sua letra é grande, por exemplo), não deve haver problema.
ExcluirCícero, será que eu poderia mandar o meu resumo (não exatamente igual, mas bem parecido pelo que eu me lembrava) para que vc leia? Eu acho que, infelizmente, entendi a proposta errado e zerei!
ResponderExcluirPode. Mande pelo email do blog, que é temqueportitulo@gmail.com
ExcluirObrigada Cícero, já encaminhei o email! (:
ExcluirCícero, eu tenho uma dúvida bem frequente. O meu resumo começou assim:
ResponderExcluirResumo: Pessimismo
Comunidade escolar, enquanto aluno, criei um resumo de uma matéria, extremamente, essencial.
Há um assunto muito importante que você devem estar cientes "O pessimismo é fundamental"
Com esse começo eu não consigo garantir a interlocução? Além disso, eu perderia o gênero?
Depois eu citei tudo o que foi dito pelos 3 psicólogos e 2 filósofos. Desse modo, eu fiquei na dúvida se era errado copiar o que foi dito por eles, mesmo com a observação de não poder copiar. Por exemplo, se tive no texto a frase do Sócrates "Só sei que, nada sei" não seria errado eu reproduzir essa frase diferente, mas com o mesmo sentido em um resumo. Enfim, estou querendo dizer se copiar a fala dos responsáveis, deixando claro que foram eles que disseram, seria um caso de anulação da redação?
Nossa, eu fui tão bem nas questões, fiz em torno de 90 redações esse ano, mas não fiz resumo, reprovar por conta disso, é, extremamente, lamentável.
Obs: Eu quis dizer: mesmo com a observação de não poder copiar trechos do texto.
ResponderExcluirPoxa, só a minha pergunta que ninguém responde.
ResponderExcluirOi, Luan. Supondo que você e o anônimo dois posts acima sejam a mesma pessoa, aqui vai sua resposta:
ResponderExcluirMuitas pessoas disseram ter feito o mesmo que você e colocado uma introdução ao resumo. Acredito que não era adequado ao gênero, mas, se o número de pessoas que fez isso for alto o bastante, a Unicamp pode considerar essa estrutura válida.
Sobre copiar citações, não creio que haja problemas. A Unicamp certamente acrescentou a observação que você mencionou para evitar que os candidatos copiassem parágrafos inteiros do texto fonte.
Sim Cícero, somos a mesma pessoa.
ExcluirEntão, eu citei as 5 vozes do texto e todas eu marquei autoria. Por exemplo:
Para o psicólogo Martin Seligman ............. (citava o que foi dito por ele). Praticamente, as únicas alterações que eu fiz na fala deles, foram para se adequar ao meu texto, ou seja, dar fluidez. Entende?
Isso era permitido ou não?
Muito obrigado pela resposta anterior. Isso é muito importante para mim, a Unicamp é meu sono desde criança.
Luan, não creio que haja problemas no tipo de citação que você fez. É uma estrutura que costuma aparecer em resumos.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNa hora que criei o resumo também não vi problema e, além disso, fiz essa mesma pergunta para minha professora que, por sua vez, participa da banca de correção e ela me disse que também não vê problema nisso. Mas o meu senso diz que os corretores estão esperando encontrar muita cópia nas redações dos candidatos e, portanto, estou com medo deles acharem as minhas citações uma cópia também.
ResponderExcluirEu sei que, nesse sentido, não da para ser profeta, mas na sua opinião, você acredita que isso tem grande possibilidade de acontecer?
Luan, eu acredito que, se muitas pessoas fazem cópia, um texto que fuja um pouco da cópia já deve ser mais valorizado. Pode ser o seu caso.
ExcluirOi, Cícero.
ResponderExcluirA respeito do meu resumo, não pus título, não fiz referência alguma ao texto a ser resumido, bem como à contextualização: apenas parafraseei a matéria e redigi na folha de respostas. Acredito que, a forma como a proposta de redação foi feita sugere que o resumo será usado como introdução à matéria "pessimismo", não sendo necessário, pois, outro tipo de contextualização. Além disso, como meu ano passado inteiro se resumiu a parafrasear outros textos, e não me lembro de ter usado título, referência ao texto parafraseado, explicitar a quem ou a quê a paráfrase se destina, e falar quem eu sou.
Também devido ao meu ano passado, não queria fazer um resumo de 10 linhas ou mais por causa da proporção: a matéria "pessimismo" tinha 22 linhas, e não faz sentido um resumo ter metade do tamanho do texto original; um terço do tamanho parecia ser mais conveniente, ou seja, 7 ou 8 linhas. Por isso, fui obrigado a usar um tamanho de letra muito pequeno, provavelmente menor que a fonte utilizada na matéria pela Unicamp.
Gostaria de saber qual será, na sua opinião, o impacto disso na nota do meu primeiro texto.
Muito agradecido,
Tigela
Oi, Tigela. Eu ia responder na escola, mas esqueci do feriado. A minha impressão é a de que você fez exatamente o que era necessário. Eu também, se fosse escrever o resumo, faria um texto "seco", sem referência a nenhum elemento externo. Também acho que o tamanho está adequado.
ExcluirAbraços.
Cícero.
Cícero,
ResponderExcluirEu sempre visito seu blog. Portanto, quando puder responder não tenha dúvida se eu venha conferir, pois eu sempre venho.
A respeito do resumo, sou formado em Letras por uma faculdade, esperava me sair muito bem nas redações e salvar minha nota nas questões. No entanto nunca dois textos me causaram tanto medo. Quando fiz o Enem nos últimos três fui muito bem, pois sem pretensão, quando se estuda você não pensa como candidato, mas como o corretor. Pensando como corretor fiz meu texto, coeso e coerente, citando os argumentos centrais como alguém que lê e depreende a partir do texto fonte. Não fiz citações diretas, mas globais e no fim pensei muito e muito sobre o título, na hora eu coloquei um título como de uma redação, mas por ter ficado receoso de apenas por Resumo.
ResponderExcluirDiabolo, parece que você fez um texto correto. O que você acha que pode ter dado errado?
ExcluirGostaria de saber se existe algum tema que seja mais possivel para cair na redação da puc
ResponderExcluirOi, Luiza. Não faz muito sentido tentar adivinhar o tema, pois a variedade é muito grande. Além disso, não é necessário conhecer o tema para fazer uma boa redação, já que há textos na própria prova que dão uma base para o candidato. Minha sugestão é que você leia temas de vestibulares recentes, como Fuvest e Unesp, tanto para se familiarizar com temas variados como para ver as formas como eles podem ser cobrados.
ExcluirOi, Cícero. O meu resumo foi seco, só tratou dos conceitos e fiz em somente um parágrafo de, mais ou menos, 6 linhas. Porém, acredito que tenha sido mais formal do que deveria, isto é, usei as palavras "sóbrio", "verídico" e "manuqueista, (explicando essa última). Será que perco em interlocução?
ResponderExcluirMeu resumi ficou como algo parecido:
Excluir"Ao contrário do que ditam os livros de auto-ajuda, o pessimismo é algo positivo. Os pessimistas ajudam a equilibrar os otimistas, sobretudo os exacerbados, fornecendo-lhes uma visão mais realista da vida. Pessoas extremamente otimistas podem vir a desenvolver grande ansiedade, uma vez que repetir constantemente discursos otimistas remói a realidade, muitas vezes negativa. Contudo, não se deve adotar uma visão manuqueísta (glorificando o pessimismo e rejeitando o otimismo), mas, sim, usar o pessimismo a favor de promover soluções sóbrias e verídicas para os conflitos do dia-a-dia - diferentemente de como fazem os otimistas utópicos, que se baseiam em ideias irracionais. Portanto, o pessimismo nos prepara para situações difíceis. "
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirCícero, você conhece algum blog de professor que participa da banca de correção da Unicamp, ou lá do cursinho que você da aula, Elite? Para mim perguntar sobre o meu resumo, primeiro texto do vestibular 2013.
ResponderExcluirComo já explicado antes, o meu texto foi escrito assim:
Para o psicólogo Martin Seligman ............. (citava o que foi dito por ele). Praticamente, as únicas alterações que eu fiz na fala deles, foram para se adequar ao meu texto, ou seja, dar fluidez. Entende?
Desse modo, citei todas as 5 vozes.
Tenho medo dos corretores entenderem isso como cópias e eu perder o propósito.